A família do menino Heber Caio Romero, 8 anos, que morreu nesta
madrugada por conta de uma reação alérgica, reclama que o Samu (Serviço
de Atendimento Médico de Urgência), negou socorro e a criança já chegou
morta no Centro Regional de Saúde do Bairro Tiradentes.
De acordo com o pai do garoto, Robson Silva Ribeiro, 38 anos, na
terça-feira de Carnaval (4), Heber torceu o joelho esquerdo jogando bola
com os irmãos no quintal de casa no bairro Vivendas do Parque, em Campo
Grande. Além de Heber, Robson tem mais sete filhos.
Alegando não
ter condições de levar o menino ao médico, o pai contou que a mãe partiu
a metade de um comprido Torsilax - combinação de relaxante muscular,
anti-inflamatório e analgésico - e deu para a criança.
Por conta
disso, no dia seguinte o menino amanheceu com uma reação alérgica ao
medicamento, teve calombos roxos pelo corpo e inchaço na lesão da
torção.
Robson, que trabalha como segurança, contou que na
madrugada de hoje estava trabalhando, quando a mulher ligou por volta
das 3h30 dizendo que o filho havia piorado. “Desesperada,
a minha esposa acionou o Samu e explicou a situação da criança, mas
eles disseram que o caso não era grave e por conta disso não podiam
fazer o transporte”, diz Robson.
A mulher então começou a bater de porta em porta, quando um vizinho colocou a criança no carro a levou para o Centro de Saúde 24
horas do bairro Tiradentes. “Ele chegou morto na unidade”, contou.
Segundo ele, o que mais revolta é o critério de seleção do Samu.
O
coordenador do Samu, Luiz Antônio Costa, informou que só irá se
manifestar através da assessoria de imprensa. Ele disse que ia
encaminhar a documentação para que os dados da ocorrência fossem
divulgados à imprensa.
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