Um grupo de pessoas acusadas de traficar crianças em Mato Grosso do Sul e
Goiás foi preso nesta terça-feira (25) pela Polícia Civil de Costa Rica
– a 305 quilômetros de Campo Grande. A ação contou com apoio da Polícia
Militar de Mineiros (GO), onde os acusados foram presos.
Conforme a Polícia Civil, denúncias
anônimas apontavam que um casal, de Minas Gerais, teria comprado uma
criança em Mato Grosso do Sul. Após isso, a polícia passou a monitorar o
grupo e cinco pessoas foram detidas.
Delegado
que investiga o caso, Cleverson Alves dos Santos, titular da Delegacia
de Costa Rica, informou que um casal teria custeado todas as despesas da
mãe biológica da criança enquanto ela estava grávida.
O
casal acusado de comprar o bebê tem um grau elevado de instrução e boa
situação financeira. Os dois teriam pagado as despesas hospitalares e de
hotel da gestante.
“Além disso,
estamos checando a informação de que seria montada uma boate para a mãe
da criança, em Figueirão”, disse o delegado.
Os nomes e imagens das pessoas envolvidas no caso ainda não foram divulgados pela Polícia Civil.
Valor da compra –
Cleverson explicou à assessoria de imprensa da Polícia Civil que o
sigilo bancário de todos os envolvidos no caso será quebrado. A intenção
é descobrir o valor que foi pago pela compra do bebê.
“Nós até entendemos vontade de uma
mulher ser mãe, mas a Justiça não pode permitir que um ser humano seja
transformado em moeda de troca”, disse o delegado, que também lembrou
que existem meios legais para adoção.
Tráfico –
Os envolvidos no caso serão indiciados por tráfico de crianças e
associação criminosa. Outras pessoas de Costa Rica são investigadas por
uma possível facilitação da compra.
“As
investigações mostram uma suposta participação de uma médica, ainda não
sabemos qual o grau de envolvimento dela, mas iremos investigar”,
explicou.
A polícia ainda ressalta
que o hospital onde a criança nasceu agiu de forma legal. Toda a
documentação estaria em nome da mãe do bebê.
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