No dia em que a “ficha caiu” para Lucas, a família estava ao lado para
mandar o medo embora. O menino de 13 anos voltava para casa com a imagem
de mechas de cabelo caindo pelo carro. Era inevitável, estava ficando
careca por conta da quimioterapia. O câncer, descoberto em dezembro,
nunca foi tão evidente desde a notícia no consultório.
Mas foi só encontrar a família para tudo virar brincadeira. Todos
estavam lá, reunidos na casa do primo Gabriel Barbosa, a espera do
garoto. “Somos muito unidos. É um pelo outro. Estamos todos sofrendo e
lutando junto com ele”, justifica Gabriel.
Com a máquina de corte
nas mãos, um a um os homens foram raspando a cabeça, a exemplo de tantos
outros casos de afeto diante do câncer. Uma decisão para mostrar que o
cabelo é o que menos importa na luta de um garoto que mal começou a
viver e já enfrenta uma barra daquelas. “Começou com os primos, mas
depois os tios e os amigos também entraram”, conta Gabriel.
O
irmão mais velho, que hoje vive em São Paulo, fez o mesmo à distância e
enviou a foto. O tio, na França, também aderiu ao “movimento máquina
zero”. Assim, deu até para rir um pouco da situação. “Meu cabelo era
lisinho, bonito, de repente começou a cair. Pensei que seria mais
difícil, mas com eles ficou bem mais fácil”, comenta o menino,
comprovando que a atitude reproduzida por aí é como carinho para quem
tem a doença.
“A queda de cabelo é um momento muito complicado.
Parece que é quando ele realmente percebeu a gravidade. Foi quando caiu a
ficha”, reforça a mãe.
Durante três meses, Lucas passou por
inúmeros especialistas sem um diagnóstico. Com dores pelo corpo e febre
alta, nem a dipirona receitada por vários médicos ameniza mais a
temperatura.
O menino acabou no Hospital Universitário, internado. Onze dias depois, os pais souberam do linfoma. “Foi no dia 3 de dezembro, a gente já não aguentava mais esperar uma resposta. Nunca vou esquecer. A gente acha que nunca vai acontecer com um de nós”, lembra a mãe Rosemeire Barbosa.
O pai foi incumbido de dar a notícia a Lucas, que só chorou, muito. “Foi difícil demais pra mim. Com o tempo fui me informando, perguntando para os meus pais. Assim, aprendi a lidar um pouco com a doença”, explica, já se preparando para a terceira fase de quimioterapia.
Na primeira sessão, nem um efeito colateral surgiu. Mas depois da segunda, o cabelo caiu. A mãe já se preparava para encarar o cabeleireiro, mas foi surpreendida pela família.
“Normalmente é uma psicóloga que corta, mas fui até um salão para cortar. Como não tinha horário. Acabou que todo mundo raspou a cabeça. Eles iam fazendo desenhos com o cabelo e virou uma grande brincadeira. Foi tão tranquilo que ele nem percebeu que ia passar por aquilo.
Na família de 6 irmãs e 2 irmãos, o que não falta é gente e, agora, também gratidão. "Só não virou um trauma, por causa da família”, agradece Rosemeire.
O menino acabou no Hospital Universitário, internado. Onze dias depois, os pais souberam do linfoma. “Foi no dia 3 de dezembro, a gente já não aguentava mais esperar uma resposta. Nunca vou esquecer. A gente acha que nunca vai acontecer com um de nós”, lembra a mãe Rosemeire Barbosa.
O pai foi incumbido de dar a notícia a Lucas, que só chorou, muito. “Foi difícil demais pra mim. Com o tempo fui me informando, perguntando para os meus pais. Assim, aprendi a lidar um pouco com a doença”, explica, já se preparando para a terceira fase de quimioterapia.
Na primeira sessão, nem um efeito colateral surgiu. Mas depois da segunda, o cabelo caiu. A mãe já se preparava para encarar o cabeleireiro, mas foi surpreendida pela família.
“Normalmente é uma psicóloga que corta, mas fui até um salão para cortar. Como não tinha horário. Acabou que todo mundo raspou a cabeça. Eles iam fazendo desenhos com o cabelo e virou uma grande brincadeira. Foi tão tranquilo que ele nem percebeu que ia passar por aquilo.
Na família de 6 irmãs e 2 irmãos, o que não falta é gente e, agora, também gratidão. "Só não virou um trauma, por causa da família”, agradece Rosemeire.
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