Uma saidinha ‘de leve’ nas casas que mais ‘bombam’ entre os baladeiros
douradenses costuma não sair muito barato. O discurso é de que,
independente do lugar, os valores, principalmente de bebidas, tem pouca
diferença. E o Dourados News conferiu isso de perto.
Quem curte aquela cervejinha gelada enquanto está na ‘nigth’ desembolsa,
no mínimo, R$ 5 pela unidade long neck. E é claro que quem bebe não
toma uma só. Se a marca da cerveja não é popular, o preço chega a R$
6,50 , como a reportagem observou em um dos locais.
Na conta da balada entra também o valor do convite de alguns lugares,
ou o já popularizado couvert artístico. Se você bebe e sai sozinho, ou
divide com a galera, o custo médio relatado ao Dourados News é de até R$ 50 para os mais ‘controlados’ no gasto. Já se você é parte de um casal, a quantia supera a faixa dos R$ 100.
“Não dá para escapar”
Os namorados Jociane Marques, 27, e Adriano Cândido, 26, dizem
que por noite costumam gastar em média R$ 120. Os dois bebem na noite, e
saem pelo menos uma vez por final de semana curtir sertanejo e pop
rock, que são as opções que mais agradam aos dois.
“É no mínimo esse valor. É um pouco caro, mas se você for reparar, a bebida em qualquer lugar da cidade
está mais ou menos nesse preço. Faltam opções de balada e também de
lugares legais que sejam um pouquinho mais em conta”, disse Jociane.
“Independente do lugar que a gente for gastamos mais ou menos isso, não
dá para escapar”, completou o namorado dela.
Em uma mesa recheada de cerveja, o Dourados News
encontrou o estudante de Direito Ronaldo Rodrigues da Silva, 26, junto
dos amigos. Todos vieram de Itaporã para curtir a noite douradense.
“Eu gasto isso aí mesmo, mais ou menos uns R$ 100 quando saio.
Porque tem a bebida, a entrada, então dá mais ou menos isso ainda que a
gente divida a conta. É caro, mas fazer o que. Às vezes seguramos um
pouco, mas dependendo da empolgação, vai mais que R$ 100”, disse ele.
O universitário Gilberto Nascimento, 26, costuma sair com os amigos, e
não é só a cerveja que faz parte da ‘nigth’. “Gosto de sair para a
balada com a galera, e além de cerveja a gente bebe também vodka com
energético ou citrus, que são realmente caros. Sai, no mínimo uns R$ 60
para cada um. É puxado, mas é o preço de hoje em dia não só em
Dourados”, disse ele.
Apesar do peso no bolso, Nascimento admite que não dá para se
controlar. “A gente acaba se submetendo mesmo, porque você está lá
curtindo e sendo controlado pela vibe do momento, não dá para negar. Se a
festa está boa quero beber, e se está ruim preciso beber para ver se
melhora, então nem dá para se controlar muito”, admitiu o universitário.
Solteiro, o empresário Alberto Carlos Sanguine, 45, também
gasta mais ou menos R$ 100. No entanto, dependendo da empolgação, ele
confessa que pode levar a conta muito acima disso.
“Saio muito durante a semana e sempre é mais ou menos esse valor. Não
dá para controlar muito, ainda mais para quem bebe, que acaba tendo que
se submeter ao preço das bebidas da casa. É o que tem né?”, disse ele.
A irmã de Sanguine, a estilista Mirian Batista, 36, não bebe. No
entanto, isso não diminui o gasto. “Eu gasto no mínimo R$ 50. Não bebo,
fico na água ou outra bebida não alcoolica, mas sempre acabo gastando
isso”, disse Mirian.
E não é apenas o preço da cerveja que ‘assusta’. As doses de
destilados também são consideradas caras pelos baladeiros, pois “custam
quase o preço da garrafa no Paraguai”, como disseram alguns à
reportagem. Nem a água escapa da crítica. “Pagar
quase R$ 3 em água é o fim, e dependendo do evento, é até mais. E
estamos falando de água!”, exclamaram muitos dos entrevistados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário