quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Polícia desvenda roubo de corrente de R$ 80 mil que teve morte de policial


As investigações de Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) apontaram a participação de três travestis no roubo de uma corrente de ouro avaliada em R$ 85 mil. O crime é investigado na Capital desde o dia 7 de janeiro e, durante buscas no bairro Campo Nobre, foi executado o investigador Dirceu Rodrigues dos Santos, 38 anos, além do policial Osmar Ferreira, 39 anos, que foi ferido.
Segundo o delegado João Eduardo Davanço, um pecuarista de 28 anos conduzia uma caminhonete Hillux prata, por volta das 22h, na rua Sete de Setembro, quando foi abordado pelo trio. “A vítima disse que eles o abordaram e em posse de uma faca levaram a corrente”, afirma o delegado.
Desde então, a Polícia investigava os fatos. Quando surgiu a informação que o travesti Alexsandro Gonçalves da Rocha, 21 anos, estava vendendo a corrente por R$ 30 mil, valor muito inferior ao pertence, a Polícia forjou um encontro com o travesti para recuperar a jóia. “O policial Dirceu estava em pleno exercício das funções quando foi alvejado por Alexsandro e o seu irmão, Alexandre Gonçalves da Rocha, 19 anos”, diz o delegado.
Os outros, identificados como os irmãos Marcos da Silva Alves, 21 anos, vulgo Mayara, e Jeferson da Silva Alves, 19 anos, vulgo Darlene, foram presos na sexta-feira (15). “Jeferson foi o primeiro a ser preso e resistiu à prisão. Marcos ainda estava em posse de um facão na bolsa, o que reafirma a tese da vítima de que eles andam armados”, comenta o delegado.
Os irmãos Marcos e Jeferson, que ainda disseram à Polícia que geralmente roubavam os clientes, sempre que surgia a oportunidade, serão indiciados por roubo, receptação e pelos agravantes da posse da arma branca e resistência.
Outra versão: Ao contrário, os travestis dizem que o pecuarista não é vítima. “Ele parou o carro e nos levou para um programa. Fizemos tudo o que ele pediu, mas na hora de pagar os R$ 100 ele não quis, por isso sugerimos a ele para ‘penhorar’ a corrente enquanto nos arranjava o dinheiro”, disse o travesti Alexsandro.
Sobre a vítima, Alexsandro diz que é uma pessoa que saía frequentemente com vários travestis e que posteriormente o ligou ameaçando de morte. “Ele falava que isso não ia ficar assim, que iria mandar me matar caso não devolvesse a corrente. Fui ameaçada de morte e minha família também”, finaliza o travesti.



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